O papel do
influenciador

Nós famosos precisamos abrir mais nossos canais e mentes para que juntos possamos lutar por uma sociedade mais igualitária, mais justa e unida.

Há dez anos, eu estava no programa da Luciana Gimenez com Jair Bolsonaro, que na época era deputado federal. Em determinado momento, estávamos falando de "crianças viadas", como a gente fala na gíria gay.

O Bolsonaro falou que os pais deveriam tirar essas crianças das escolas para que não se misturassem com crianças "normais", como ele colocou.

Eu respondi que, já que os gays não tinham direitos, nós deveríamos ser isentos de nossos deveres de cidadãos. Principalmente isentos dos impostos.

Na hora de eu pagar os meus impostos, o governo não quer saber se eu sou gay, se eu sou trans, se eu sou nada. Ele só quer receber.

Acho que, falando isso, contribuí muito naquela época para que a sociedade abrisse os olhos e visse que nós realmente somos todos iguais e que não existe diferença nem distinção.

Em 2021, vimos a esperança bater na nossa porta. E até hoje ainda não entrou. Porque o quadro é caótico. Não só por causa dos fatores da pandemia. Mas também pela nossa má gestão política. E quem continua sofrendo com isso? Somos nós, o povo brasileiro.

No ano de 2022, eu realmente espero uma nova gestão. Uma nova política. Com mais oportunidades para todos. Porque a falta de oportunidade está dilacerando nossa sociedade.

Eu quero ver as pessoas sorrindo, com comida na mesa, com livros na escola e com a saúde em dia. São meus votos para a nossa sociedade em 2022.